terça-feira, 28 de dezembro de 2010

UNICEF

Alguém: Olhem só o meu ursinho! Não é fofo??
Alguém2, após observar a palavra "unicef" escrita da barriga do ursinho diz:
- Unicef! Ahhh eu conheço essa loja! Tenho uma pulseira de lá!

Faz de conta

Fui construir um castelo de cartas no lugar da tua ausência, e que tão grande que ele era!

Empenhei-me, e com afinco dediquei todos os meus dias a decorá-lo para conseguir igualar a sua beleza à que em tempos foi a da minha companhia.

Cada desculpa, cada substituição, tão exuberantes, quase mais que o próprio senhor pavão, rei da exuberância. Não fui nada subtil, eu, nada mesmo, o medo vencia-me, o vazio assustava-me, por isso ignorei as bases fracas daquele meu castelo de papel e carreguei-o com toda a minha esperança, sobrecarreguei-o com todas as nossas recordações, tudo o que fosse digno de uma lágrima minha, foi lá parar.

Sem distinção, as minhas extravagantes decorações empenharam-se em preencher aquele vazio tão feio e tão solitário. Uma a uma ou em conjunto aclaravam a minha visão, inebriavam os meus sentidos, contavam-me histórias de reinos distantes e finais felizes. Cintilavam de tal forma atractiva que seria impossível pensar que alguma vez existira um vazio naquele lugar.

Foi uma grande imprudência da minha parte, pois numa tarde ventosa, o meu castelo de faz de conta, já carregado por todas as minhas emoções foi-se abaixo com um simples sopro de uma brisa gelada de verão. “A sua estação favorita” sussurraram-me, delicadamente ao ouvido as cartas ao cair, vencidas pela tua ausência.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Arrogância

Muitos do meus textos são iniciados com um nostálgico "às vezes", queria começar este também, mas não me pareceu bem. Na realidade não é às vezes, é sempre.

Sempre me deixo levar pela mania de fazer as coisas à minha maneira, há quem lhe chame arrogância também. Mas sabem, não é. Arrogante, pensaram vocês agora. Sabem que mais, podem ir todos à merda.

Tenho estas palavras no meu coração, bem cravadas a negrito: Determinação, sonhos, persistência, força, teimosia, intuição, inconformação com o suficiente, coragem. Acima de tudo coragem. Se todas juntas formam uma pessoa arrogante, então sim, sou arrogante e arrogante continuarei sendo. Seguindo aquilo que acho que está certo, aquilo que mesmo que não seja o melhor para mim, é aquilo que me faz sentir eu, aquilo que faz a pessoa que eu sou e aquilo que me fará crescer.

Onde toda a gente vê um não, eu verei um sim, não duvido de mim, não neste momento. Eu sou capaz.

Vou lutar sempre por fazer ver o meu ponto de vista, quem não o quiser ver, que feche os olhos, prometo que não choro por causa disso. E a todos aqueles que quiserem lutar contra, prometo encontrar no fundo do meu conhecimento os mais nobres dos argumentos.

O único sentimento que persiste é coragem, coragem para enfrentar o mundo, coragem para enfrentar-vos a todos. Tenho que admitir que muitas vezes deixo à míngua este sentimento, entregando-me ao desespero, afogo-me em mim mesma, perdida, desesperada, chorando como um bebé, fraca.

E todo este discurso passar-se-me-ia ao lado, completamente ao lado mas dentro de mim, quando eu procuro mais fundo, encontro isto. Coragem, num mundo onde a palavra fraqueza nem sequer faz parte do dicionário.

E repito e sublinho, se ter coragem para mostrar, lutar por e defender os meus pontos de vista é arrogância, ela que entre e se faça dona de mim.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pantufas do dia-a-dia




E não é que alguém decidiu que andar na rua de pantufas é super fashion??
A quem teve essa grande ideia, o meu conselho, é que vá vender couves, dedique-se à agricultura, mas deixe-se de modas, por favor.
E lá andam elas, todas contentes com as suas pantufinhas, algumas até têm em várias cores, castanhas, amarelas, rosa, cinzentas, de todas as cores, tamanhos e feitios.
Qualquer dias, trazem também os pijamas, não? Assim têm o fato todo (:
O nome técnico destas coisas, é uggs, e as originais, podem atingir o fabuloso preço de 400 EUROS. Exacto, 400 euros por umas pantufas. Meus amigos, ponham-se à viva, os chineses vendem pantufas por 5 euros.

E o limão que se faz, já ouviram falar?

Pessoal num bar...
O Pedro pede uma pepsi com limão e a mulher volta com uma sem o dito limão.
Pedro: Olhe, eu pedi com limão... É só p'avisar...
Mulher: Ahh o limão? Tá' pa' fazer...
Boing.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

75 Billion Dollars to Change the World - Texto do Teste de Inglês

Topic A

What to do if I had 75 billion dollars to change de World?
Firstly, in my opinion human kind’s problems can’t be solved with money. Economy was our creation, as it has come from us, it’s not the solution. First of all, we need values, we need to learn how to be people, we need to learn how to love, how to be kind, how to be patient, how not to be such idiots and learn how to respect the world. That ain’t going to be solved with money! So, we’re hopeless.

I share Lomborg’s opinion*, I would supply food to pour kids, I would help the ones that really need and care about something.
Secondly, I would try to build schools and hospitals for those kids, so they would have a better and healthier development.

In conclusion, no one needs 75 or 80 or even 100 billion dollars to change the world, if every one of us tried to be a better person, if everyone of us give an apple to another person in this world, we would be better. We would be great, we would be humans. Brothers.


Lomborg defende que é mais importante acabar com a fome no mundo, do que gastar dinheiro em problemas ambientais que podem ou não ser resolvidos. Sendo que o mundo está em constante destruição, salvar o ambiente não é certo, ajudar pessoas é.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Sorte, sorte, sorte :D

Professora: Vamos tirar a sorte a ordem das apresentações... E o primeiro é...
Laura: Sorte, sei que me abandonaste, mas preciso mesmo de ti neste momento, por favor...
Professora: ... A LAURA!

Fantástico (:

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

À chuva

Às vezes quero lançar-me ao desespero, fechar os olhos e dormir,
Fechar os olhos e esquecer que existiu para mim,
Parar de repetir, andar à chuva, esquecer.

Não vou pintar de preto
Não vou cortar ou fazer greve
Não sei lidar com isto é facto e como não sei: quero

Quero andar à chuva, como criança
Andar à chuva, cantar e sorrir
Correr à chuva e lançar o isco para bem longe

Correr, correr para bem longe, sim
Respirar, respirar e ser feliz
Feliz longe de ti, sem ti, à chuva, a cantar e a sorrir
Com os olhos limpos, à chuva, a cantar e a sorrir, sem repetir.

sábado, 13 de novembro de 2010

Revolução

O mundo aplaude a nossa falta de discernimento
Nós, de queixo erguido, como se reis deste fossemos,
Damos um passo em frente, convencidos de que sabemos o que estamos a fazer, mas, na verdade, acabamos apenas por andar às voltas numa linha quebradiça de um círculo sem fim, que se vai repetindo a cada acto de estupidez humana.
Matamos, julgamos, discriminamos, criticamos
Somos reis sim!
Reis de tudo o que não presta.
Ninguém faz nada, ninguém recua.
Vão todos na mesma direcção, e eu dando impotentes saltinhos de 20 centímetros, sou ignorada no meio da multidão, e arrastada por todos eles.
Encaminhada para o inferno, ajudando a espezinhar todo o verde da minha consciência,
ninguém me diz o contrário, mas eu guardo um sentimento.
O mundo, um lugar, uma comunidade
O fim.
O mundo, um lugar, uma pessoa, um principio de mudança, REVOLUÇÃO.




É preciso ser a ovelha que se vira para a Esquerda.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Teorias da Laura sobre Geometria.

Verdadeira Grandeza...
Pontos, rectas, planos
Uns perpendiculares, outros paralelos
Não interessa bem a direcção,
Pois o tamanho será o mesmo.

Verdadeira Grandeza...
Pontos, rectas, planos
Uns ortogonais, outros enviesados
Rebatendo quem sabe os pontos, as rectas ou o plano
Não interessa bem o processo
Pois o tamanho será o mesmo.

"Verdadeira Realidade"...
Pontos, rectas, planos
Uns perpendiculares, outros paralelos
Não interessa nada disto
Pois o desemprego será o certo.





E claro como não poderia deixar de ser, uma homenagem ao CD das soluções, que tem sido um amigo incomparável durante esta jornada, do fundo do meu coração, obrigada.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia de São Valentim quando se tem 7 anos

Da parte de um colega cujo nome não me lembro, a cena mais nada a ver de sempre.





A- A minha amiga
L- Linda como sempre
E- E gosta de matemática (??)
X- Xaile ela não usa
A- Adora o nosso cãozinho o turbulento
N- Não gosta da comida da escola
D- Dia a dia fica mais bonita
R- Ri muito
A- Adora também a nossa iguana chamada Mancha.

Definitivamente a cena mais romântica de sempre.
Parabéns, vários anos depois fizeste-me ganhar o dia com isto.

domingo, 10 de outubro de 2010

Lei de Murphy

1- Nada é tão fácil quanto parece.
2- Tudo leva mais tempo do que você pensa.
3- Se houver a possibilidade de várias coisas correrem mal, correrá a que provocar mais estragos.
4- Se perceber que há quatro modos possíveis de algo correr mal, mas conseguirá ultrapassá-los, aparecerá um quinto.
5- Deixadas entregues a si próprias, as coisas tendem a ir de mal a pior.
6- Quando está pronto para fazer qualquer coisa, aparece outra que tem de ser feita primeiro.
7- Qualquer solução gera novos problemas.
8- Não se pode fazer nada que resista à asneira porque as asneiras são demasiado abundantes.
9- A natureza está sempre do lado do defeito escondido.
10- A mãe natureza é uma cabra.

Filosofia de Murphy:
Sorria... amanhã será pior.

E alguém disse e eu concordo, Murphy era um optimista. (:

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Agir de Coração

Às vezes eu não paro para pensar,
Fazendo, correndo, sem direcção
Gritando por aquilo que quero do coração
É sincero de mim podes ter a certeza.

É um grito de alma
Feroz, desperto por curiosidade
Ansioso por dominar a realidade
É verdade de mim podes confiar.

Às vezes eu paro e penso
Deduzo, concluo, soo bem até
Mas se não te disse sendo quem sou
Não vem de todo verdade,
Não vem directo do coração.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Inacabada...



A lua está incontente no seu espaço, triste, abandonado,
Há um cansaço que se forma e aumenta de noite para noite
Como um devorador inconstante da realidade
Deixa-a com uma expressão vaga e pensativa
Impossível de decifrar, está fechada em si
Revivendo e encenando tudo por dentro
Treinando arduamente para que seja tudo perfeito
Uma e uma vez mais, sem cessar
Num falso palco de um teatro cheio de espectadores
Descontentes com a situação, tenta brilhar

Ela não sabe que eu sei que ele se foi embora,
Ela não sabe que eu sei que não posso confiar,
Ela não sabe que eu sei que não há mais sol,
Ela não sabe que eu sei que chora por ele

Eu vejo as cores, reparo no branco pálido pouco brilhante,
Nos seus traços vincados de desespero e incerteza e
Na expressão que ela cria quando faz uma pergunta
Quando se volta e espera pelo guião,
Quando grita as suas deixas, espereita pelo canto do olho
Esperando encontra-lo o olhar para ela mas
Em vez disso encontra um vazio profundo

O amarelo avermelhado foi embora, de vermelho já não há nada e
O amarelo aos poucos vai morrendo também, deixando-se desvanecer
Fica branco, fica cinzento, escuro, claro, inconstante
Não há técnico de luzes que as organize

Ela não sabe que eu sei que foi preciso
Ela não sabe que eu sei que foi causado por ele
Ela não sabe que eu sei que já não há sol
Ela não sabe que eu sei que não há volta a dar

Mas ela sabe que esta não é ultima linha de texto
O sol foi embora
Cai o pano, ninguém aplaude
Numa plateia tão chata de banal que é
Uns sentados, outros em pé
Olham com tristeza, choram e dizem
O sol foi embora

A peça inacabada, abalada por tudo isto,
Corre magoada para um canto e deixa-se desfalecer
Acabando com todo o espectáculo, de fora, por dentro
Choro também com todos eles mas secretamente
Espero que o sol nunca mais volte.

sábado, 25 de setembro de 2010

Partes de mim, partes dos erros

Há partes de mim que eu dou às pessoas. Não por querer, são arrancadas de mim, brutalmente algumas, outras, nem por isso, mas mesmo assim, vão embora de mim e não voltam mais.
Muitas dessas partes fazem-me imensa falta, fazem menos de mim aquilo que sou hoje, tornam-me menos criança, menos sonhadora, menos ingénua, menos eu.
Ser menos todos esses os adjectivos, possivelmente, é positivo para a maior parte das pessoas, mas a mim deixa-me apenas revoltada, não gosto. Sinto falta deles, faziam-me feliz, faziam algo maior de mim, não mais forte, nem mais conhecedor, mas maior em si, maior porque me faziam acreditar verdadeiramente, que as coisas não são bem assim, havia esperança de que, talvez, eu pudesse ter razão, e haveria realmente, algo mais que tudo o que me apresentam.
Eu queria acreditar com todas as minhas forças nas historias de príncipes e princesas, queria sonhar com o castelo e o poney, até talvez com a fada madrinha boa que me daria o vestido e os sapatos, queria acreditar no amor, na verdade, na simplicidade, na compaixão e no bem. Principalmente no bem, o triunfo dos justos.
É-me difícil acreditar em qualquer uma dessas coisas neste momento, sei que existem algumas, mas sei que não são para todos, não basta querer, não basta fazer por isso. É uma questão de sorte, a felicidade e a justiça são aleatorias, não nascem do esforço, nem do trabalho, nem do facto de seremos boas ou más pessoas.
É como jogar a roleta russa, um dia falha, outro dia, pode acertar, a diferença, é que realmente, não nos mata, apenas vem buscar parte de nós e dá-nos algo em troca. Conhecimento, experiência, força.
Conhecimento para não repetir o erro, experiência para aguentar com ele e força para nos levantarmos e continuarmos o caminho. Porque esse é longo, e se não o fizeres tu, ninguém o fará por ti.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mim ti ele tu eu por ele

Vidram-se os olhos presos em ti, sem nada revelar
Muito torna-se tão claro, tão simples, paradoxalmente
Formam-se mais perguntas que nunca, mais duvidas que sempre
Sempre, sempre e sempre, foi o que tu me disseste, foi em ti que eu acreditei
Não nele, talvez nele, mas não nele
Porque tu, és tu, e tu não farás de mim
Aquilo que fizeste dele, porque eu sou, serei
Sempre fui, mais do que tudo isto.

Miragem fugídia, som inquietante este do meu coração, preso, descontrolado
Ansioso por gritar ao mundo o seu descontentamento
Desacreditando vai lutando por si numa longa e amarga maré de traições
Já vai longe, longe de mais, longe da minha alma
Contra ou a favor é a grande pergunta
Mas raras são as respostas em que tu vais sorrir
E raras são as respostas em que não poderás confiar.


Porque nunca te farei a ti o que fizeste a mim por ele
Porque por ele poderia morrer, porque por ele poderia sofrer
Mas por ele nunca te iria deixar
Porque por ti eu sinto amor, porque em ti eu confiei
Porque por ele não fiz por ti o que tu fizeste por mim
Porque por mim, bastou o que ele fez e foi de mais o que tu fizeste.

Eu, mim e mais alguns.

É bastante simples, não estou aqui para magoar ninguém.
Já fiz coisas que não são minhas, mas continuo eu.

Não se trata de ti, deste ou daquele,
Não se trata do local ou do instante.

Não se trata da minha repetição constante
Da tentativa de descobrir as respostas,
Muito menos, da de descobrir as perguntas.

Olho para cima, inspiro
Olho em frente, expiro,
Rodo ligeiramente a face
E deixo-a ser esmagada pelo meu punho esquerdo
Cheio de convicções.

Nada parece mudar e no entanto, continuo eu,
Sendo eu, procurando mim.

Mas é de mim que tu gostas, logo, encontrei-me.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Mais umas lágrimas...

"Finalmente a Lua, com as suas crateras, resplandecente, iniciou a sua aparente ascensão a partir do mar, projectando um prima de luz através das águas que escureciam devagar, dividindo-se em mil partes distintas, cada uma mais bonita do que a outra. Exactamente ao mesmo tempo, o Sol encontrava-se com o horizonte na direcção oposta, pintando o céu de vermelho, cor-de-laranja e amarelo, como se o Paraíso acima tivesse subitamente aberto as suas portas e deixado toda aquela beleza evadir-se dos seus confins divinos. O oceano transformava-se em prata dourada à medida que as cores volúveis se reflectiam nele, as águas encrespando-se e cintilando com a mudança de luz, uma visão gloriosa, quase como no princípio do mundo.
O Sol continuo a cair, projectando o seu brilho tão longe quanto a vista podia alcançar, antes de por fim, lentamente, descer sob as ondas. A Lua continuava a sua vagarosa escalada, tremeluzindo em mil diferentes tons de amarelo, cada vez mais pálidos, antes de finalmente se tornar da cor das estrelas.
Jamie observou tudo isto em silêncio, o meu braço ficou apoiando-a com firmeza, a sua respiração ofegante a fraca. Quando o céu por fim, escureceu e as primeiras luzes cintilantes começaram a aparecer no distante firmamento sul, tomei-a nos braços. Beijei-lhe delicadamente ambas as faces e depois, por fim, os lábios.
- É isto - disse eu - exactamente o que eu sinto por ti."

Nicholas Sparks em
Um momento inesquecível


De longe, a melhor comparação de sempre, o melhor autor de romances de sempre e a rapariga mais chorona de sempre. Vivo eu e vive ele por me fazer sentir tanto.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Calmantes

Tomar calmantes é a batota de todos os fracos.
É a batota de todos aqueles que não querem ou não conseguem enfrentar os seus problemas.
Os calmantes são a porta das traseiras para fugir aos paparazzi, são os contadores de cartas nos casinos, são ainda mais, um escape à realidade. Um sonho alternativo àquilo que nós chamamos de "a vida". Não há como fugir, ninguém lhe foge desta ou de outra maneira qualquer. A vida é certa, está lá e quando já não estiver, tenho imensa pena, porque se assim o quisestes foi porque esgotaste os calmantes e eras mau perdedor. Antes perder que não jogar de todo? Ou não? Não sei, quero um calmante.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Florbela Espanca

Sem remédio

Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

Florbela Espanca

domingo, 29 de agosto de 2010

Código de erro 22 - Cancelamento manual

Não funciona, está bem preso, embrulhado em toda esta confusão
Foi ordenado que parasse e sem alternativa cedeu, porque só não vale nada
Nada de nada, é um relação de simbiose, detesto quando acontece
Mas fui eu quem mandou, fui eu quem ordenou
Que tudo fosse cancelado, que tudo se codificasse
Esta linhas não valem nada,
Nada de nada, é um acto sem emoção, não o estou a sentir
Não está a sair, foi cancelado
Eu ordenei.
Cancelado.

sábado, 28 de agosto de 2010

Tradição

- A que é que vamos brincar?
- Ah rapariga não digas isso, vamos JOGAR às escondidas.

Tradição mantém-se, conceito altera-se.
Tradição mantém-se.

Máscara

Como era bonito o homem da máscara
Como me encantou, como me seduziu ,
Como representou e mentiu,
Como actuou e traiu.

Já não há homem de máscara,
Já não há sentimento de tal
Pois descobre-se e bem
Que tudo o que usa máscara não convém.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Fala por si.



Computador ladrão de expressividade.
O que eu faço não é bonito porque o que vejo é igualmente feio.

(:

Honesty isn't nice
I'm not nice
And I'm proud of it.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O fim

Estou farta de tudo e de todos, cada acontecimento, cada palavra seja de quem for irrita-me, até daqueles de quem mais gosto.
Sinto-me só, vulnerável e com vontade de matar ou simplesmente, vontade de nada fazer, como agora, e no entanto estou aqui a escrever porque é isso que eu faço, escrevo quando tudo me parece incerto e nada tem ar de apoio ou segurança.
Sinto-me perdida, abandonada. Perco a fé, neste momento, em quase tudo a minha volta, no amor, na humanidade, na paz, até perco a esperança na própria esperança. Quando isto acontece não resta muito. Apenas uma coisa, escrever.
E, embora nada tenha a dizer, simplesmente, não me apetece parar, quero escrever até não poder mais, até as teclas estarem gastas pelo tempo, ou todos os riscadores do mundo acabarem, nem o papel me será entrave, pois superfícies é que não me falta.
Tenho pena que seja esta a minha última arma, tenho pena de ser tão fraca assim, que escrever seja a cura da minha doença, doença essa que me consome a cada palavra, a cada letra, porque nada faço e porque apesar de tudo sentir nada me pode ajudar. É este o final, o final da minha luta por um mundo melhor, um final que talvez nunca tenha começado, não por falta de vontade mas por falta de coragem e fé por parte de todos. Tenho imensa pena mas não sou mais forte que tudo isto, não restam forças ou esperança.
Assim, continuarei vivendo neste mundo apodrecido, até ao meu último texto, até a minha última palavra, porque é isso que eu faço, escrevo.
Nada mais farei e em nada mais acreditarei do que a minha própria escrita que faz de mim aquilo que sou e não aquilo que queria ser.






terça-feira, 24 de agosto de 2010

Obrigado

Obrigado Nicholas Sparks por nunca deixares os meus olhos secarem. Obrigado por me dares a conhecer histórias como as tuas e obrigado por manteres o meu coração aquecido. Por isso e muito mais mil obrigados.

Mais eu que qualquer coisa



O nome desta musica devia ser o meu. :D
Acho que enquanto era fabricada os meus pais ouviam isto. lol


Twenty - five years and my life is still
Trying to get up that great big hill of hope
For a destination
And I realized quickly when I knew I should
That the world was made up of this brotherhood of man
For whatever that means
And so I cry sometimes
When I'm lying in bed
Just to get it all out
What's in my head
And I am feeling a little peculiar
And so I wake in the morning
And I step outside
And I take a deep breath and I get real high
And I scream at the top of my lungs
What's going on?
And I say, hey hey hey hey
I said hey, what's going on?
Ooh, ooh ooh
And I try, oh my god do I try
I try all the time, in this institution
And I pray, oh my god do I pray
I pray every single day
For a revolution
And so I cry sometimes
When I'm lying in bed
Just to get it all out
What's in my head
And I am feeling a little peculiar
And so I wake in the morning
And I step outside
And I take a deep breath and I get real high
And I scream at the top of my lungs
What's going on?
And I say, hey hey hey hey
I said hey, what's going on?
Twenty - five years and my life is still
Trying to get up that great big hill of hope
For a destination

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cala-te e Ouve

O passado grita-me falsidade tão alto que mal me consigo ouvir,
As memórias revoltam-se como se oprimidas, não conseguissem mais aguentar este regime
Reprimo-as com mais força e em resposta magoam-me como nunca,
O pensamento foge de mim como quem foge do diabo
Assustado, fecha-se impedindo-me de sentir


São tantas as vozes que gritam, tão alto, tão alto
Correm como tigres listrados de velhas frases, velhas promessas
Vãs, grito eu
Retraem-se todas
Correm ainda mais rápido, rápido de mais para mim
Queria ter a força delas e conseguir afastá-las para longe
Porque eu queria, queria tanto que nada valessem

Esticando a mão tento agarrar-me a qualquer coisa, por mínima que seja
Por mais insignificante que possa ser, tento fazê-la valer por algo
Algo melhor para mim, algo que não faça chorar os meus sentimentos


Já não vale a pena
Falso, Falso
Não vale a pena, não vale a pena
Cai uma,
Falso
Não vale a pena
Cai duas,
Falso
Não faz sentido
Cai três,
Caem todas e simplesmente
Desaparece quem eu sou
Morre tudo o que tu foste
E cantando, sobreponho-me a todas as vozes,
O meu pensamento volta triunfante e embala o meu coração.

Carta

Querida gente que diz "em Porto Santo"

A cena é a seguinte, quando vocês vão ao Porto, de certeza que não ligam para os amigos a dizer "ai eu estou em Porto", não faz sentido pois não?
Eu estou no Porto.
Então porquê "eu estou em Porto Santo"? Caso ainda não tenham reparado, o nome é o mesmo a diferença é que um é Santo e outro é Pecador.
E mesmo que eu esteja errada e seja "em Porto Santo", então todas as pessoas que dizem "em Porto Santo", terão também de passar a dizer "em Porto", por isso, gente, parem de se contradizer, ou são de uma equipa ou são de outra, não podem ser das duas ao mesmo tempo (a não se ser que se esteja a falar de sexo, nesse caso a escolha é vossa).
Agradecia que fizessem a vossa escolha.

Os melhores cumprimentos
Beijinhos e Abraços
Laura Gouveia.

domingo, 22 de agosto de 2010

7 apesar de sagrado parece-me incompleto.
16, apesar de pouco, parece-me muito
17 parece-me bem
18 assusta-me
19 impõe respeito
20 parece-me distante
21 ainda mais
22 parece-me estável
23 parece-me apetecivel
24 muito longe
25 impossivel
26 nunca mais
27 parece-me ainda melhor que 17
28 perfeito

Mas 7, parece-me apenas incompleto.

sábado, 21 de agosto de 2010

Breakdown

Sofres logo vives
Viver é sentir
Sentir é Viver!
Se não sentes, não vives
Seja prazer ou dor,
Mais vale sentir que não viver.

Lembranças...

"-Professor, o meu computador não tem a tecla Ctrl X"

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Obrigada Puta (:

Acabou-se.
O que era doce
E vem o amargo
Que afoga na dor
E mal trata-me sem pudor.
E aí entra a minha Lala
Que até então à sua pala
Eu tenho aguentado toda esta agonia
Que mais parece uma ironia.
E sempre que me sinto mal
Ela me diz:
"Tu és capaz
De deitar tudo para traz"
Mas eu quiser lutar..
Ela diz:
"Luta sem desistir
E de nada fugir".
A Lala ajuda-me em tudo
E em tudo eu preciso da Lala.
A Lala faz-me sonhar
Voar, crescer
Saber querer,
Continuar,
Lutar,
Encorajar,
Persistir,
E da vida, nunca desistir.
É por isso que eu gosto dela
Por ser a minha puta,
Bruta!

Andreia Reis.


Digo e volto a dizer e enquanto for viva, continuarei dizendo
PUTA NÃO DESISTAS!
Conta que comigo e vai-te a elas!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O raio da arquitectura quadrada

Eu não sei porque, repentinamente, toda a gente adora quadrados, casas quadradas, supermercados quadrados, todos os projectos de arquitectura viraram quadrados.
No início, quando eram apenas 2 ou 3, até que tinham piada, porque eram diferentes, não havia grande coisa de especial mas também não era nada que me desse a volta à cabeça e me fizesse apetecer matar todos os arquitectos à minha volta.
Sei que a culpa não é só deles, o cliente vê, o cliente gosta, o cliente pede.
MAS O CLIENTE É ESTÚPIDO MEU DEUS! E alguém devia tratar disso, devia haver uma lei, sei lá, qualquer coisa contra o "copianso" e a falta de imaginação.
Mas eu pergunto-me, porque raio querem vocês tornar o Mundo quadrado??
Onde é que está o gosto pelo diferente e pela inovação? Lá porque o vosso vizinho da frente decidiu viver num quadrado, não significa que você também tenha que o fazer.
Chega de quadrados! Usem a vossa imaginação por favor e deixem as bestas quadradas de lado. Procurem os triângulos, as circunferências, as curvas ou mais além, procurem os octógonos e os decágonos, são tantos, todos postos de lado e inferiorizados pelos quadrados. A diversidade é de tal forma abundante, que custa a perceber o porquê de tanta pouca utilização desta.
Problemas como este nascem de coisas como arquitectos formados com bases pelo agrupamento de ciências. Arquitectura não é ciência, é arte. E arte não é imitar o vizinho do lado. Arte é criação.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Coisas de Sílvia

Alguém se lembra daquelas brincadeiras de criança? Talvez não, mas nós, Bro’as, lembramo-nos de tudo porque sempre fomos só nós, desde a primária. E porque não outras amigas? – Porque as que temos bastam.

Lembrei-me agora de um episódio mesmo engraçado que ocorreu há uns 8 ou 9 anos atrás, quando a Lala e o Hugo estavam na minha casa, na lavandaria e começámos com brincadeiras estúpidas (mas isso já é normal) e numa das quais, a Lala fechou à chave a sua boneca, a boneca que ela mais gostava no meu armário. Pôs a chave em cima do computador velho (sim velho, porque quando ligávamos aparecia o ecrã a verde e só dava mesmo para escrever) e sem mais, nem menos, alguém teve a ideia de imitar o Hulk (aquele desenho animado grande e verde). A Lala com as suas ideias mesmo fantásticas, decidiu agarrar no computador e abaná-lo e jogá-lo contra a parede (eu não atirei nada contra parede nenhuma, Sílvia, apenas abanei), sei lá, fez tanta coisa que eu e o Hugo partimo-nos a rir, mas, rápido, isso mudou, quando já vimos a Lala a chorar, depois de se lembrar que a chave do armário estáva em cima do computador e agora, já estáva dentro ou seja, entrou pelos buraquinhos em cima do computador.
Foi um desgosto, era a boneca preferida dela, eu e o Hugo queríamos rir mas, também queríamos ajudar a recuperar a chave porque a Lala não podia ir para casa, sem a sua querida boneca. Mas assim teve que ser, no dia a seguir não sei o que é que o meu pai teve a fazer, penso que abriu o computador para tirar a chave e recuperámos a boneca. A Lala ficou feliz da vida.

São destas coisas que nos lembramos e hoje em dia, recorda-mo-las com risos e também pensamos ‘Mas que estupidez’ mas como já disse e volto a dizer - NÓS SOMOS ASSIM!


Por Sílvia Spínola em (o titulo é segredo)



Eu a fingir que não sabia, que sabia, que ela não estava a dormir.

Laura e Sílvia a contar desde, bem, há muito tempo. x)

domingo, 15 de agosto de 2010

Ideias.

Às vezes esqueço-me do porquê de ter escolhido o agrupamento de artes. Tantas vezes sou invadida por uma sensação de incerteza, e mil e uma vezes volto ao passado e revejo-me a escrever "artes visuais" no papel da matricula. Nunca me irei esquece desse momento, porque tudo poderia ser diferente por causa de duas simples palavras.
Mas quando sou só eu e o meu trabalho são nestas alturas que tudo se torna claro para mim.
Sou só eu e as tintas, as colas, os lápis, os pincéis, o papel, as cores e o melhor de tudo as ideias.
As ideias, as ideias e mais as ideias, percorre-me um fluxo de adrenalina cada vez que tenho um daquelas flashs maravilhosos que me resolvem os problemas.
É como um clarão, intendo, rápido, assustador, por vezes, as peças encaixam todas e à minha frente, nasce algo diferente e completo. Paz, é o que vem a seguir e logo depois, um vómito de ideias ainda mais desmioladas e sem nexo que por qualquer razão quando juntas, formam aquilo que é a minha vida.
Tudo separado, por alguma razão liga-se e corresponde.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Matemática mata

Hoje eu e as minhas amigas chegámos a uma triste (talvez nem tanto, ok nada, só gostava mesmo de um deles, portanto) conclusão: Aconteceu alguma coisa de grave a todos os nosso professores de matemática até ao ano em que a nossa turma se separou. Duas das professoras têm cancro da mama, um teve que ser operado a qualquer coisa relacionada com o olho e uma encontra-se em estado desconhecido, mas se todos os 3 sofreram qualquer coisa, supomos que esta também deve estar doente. Pois é, nos amaldiçoámos professores e resultou.
Se está a ler isto e pensa em seguir carreira como professor de Matemática, pense duas vezes.





Professor, pedimos imensa desculpa que tenha sido apanhado no meio das nossas maldições, não foi de propósito, nós gostávamos mesmo de si.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Arrependimento

Tudo aquilo que tu fazes
Faz aquilo que tu és
Se te arrependes do que fazes
Arrependes-te de ser quem és.

Do you?
I Don't! (:

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Paixão por fazer sentir

Sempre considerei a letra a parte mais importante, quase, de uma música, entretanto estive a ouvir Pavarroti, conclusão: Não percebi corno do que ele estava a dizer e no entanto, correu um rio pela minha cara, senti tudo, percebendo nada. Senti. Senti todas as notas, todos os sons, todas as expressões do seu rosto, até as palmas do público no fim, senti tudo isto sem precisar de entender uma palavra que fosse. Senti um calor apaixonante por sentir e fazer sentir, foi reconfortante, foi radical.
Pessoas assim, que nos fazem sentir, sem ser preciso perceber, esses sim são os artistas e quem me dera a mim um dia, fazer a alguém o que este senhor me fez agora, mesmo depois de morto. Seria a pessoa mais feliz do Mundo.




Bem, mas no tempo deste senhor, ele tinha mesmo que fazer sentir, porque o truque de gravar os vídeos nuns calções minúsculos só para vender a música era capaz de não lhe trazer tanto proveito como à Miley Cyrus. (;

domingo, 8 de agosto de 2010

Memória

- Alguém a esfregar o dedo no ecrã do telemóvel como se a vida dependesse disso -
Pessoa1:- Não vale a pena isso não é de touch...
Alguém: - Então como é que passas para baixo?
Grupo de pessoas: ..... (....) o.o .... Nas teclas?...

Por motivos de embaraço total não revelo nomes.
Depois diz que não gosto de ti (;

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Querido Diário

"(...) quando iamos a entrar um ovo de chocolate daqueles que a professora nos tinha dado caiu no chão e o J.P agarrou-o e comeu-o foi um horror."

"Hoje eu dise ha professora que o J.P comeu o meu chocolate e ele ficou toudo amuado."

2004 - 9, 10 anos.


Se este era o meu maior problema na altura e agora me parece absurdo, talvez se eu esperar mais 6 anos, os de agora, me pareçam, também, disparatados, basta esperar.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Parabéns




Kawinas, Lala, Doritos e cancro das goelas

Diz não ao "LOL", EXERCITA AS GOELAS! Ri-te...

(campanha de prevenção contra o cancro das goelas)


Happy birthday to you
Happy birthday to you
Happy birthday dear whore
Happy birthday to you

Parabéns puta! <3 you



Este foi o meu primeiro post anormal, só para ti Kawina.

Queria lembrar-me de alguma memória estúpida, para fazer-te rir, mas a verdade é que não me lembro, I'm sorry --'

UHH lembrei! Rally hahahaha
MULHERESSSSSSS

ou
ou
ou

:D

"Olha esta pedrinha é tão linda...."
e o que foi que eu disse depois? :p

Lembrei-me agora de quando (ah isto não tem piada) tavamos a apanhar sol nos quebra mares e eu, como grande estúpida que sou, deixei o crlh do telemóvel em cima de mim e depois levantei-me and guess what? GLUP la foi ele nadar com os peixes e nos ficámos o quê? Um minuto a olhar uma para a outra em estado choque.

Lembro-me também, quando eu, tu e a Kawina, fomos comprar patos para oferecer a dorah.. passando ao diálogo:

Nós: Queríamos duas patas, para não dar patinhos, sabe...
Vendedores: Não querem patinhos, tiram os ovos...
Kawina: E é preciso fazer uma operação?
Lala: Yah, tipo tirar os "ovos" ao pato?...
Vendedores: *cara de medo* Vocês são do Funchal?

BAHHHHHH

E afinal eram OS OVOS! Não os "ovos" quem diria...





Lembro-me também da teoria dos pacotes de leite, lembro-me de quando fiquei doente e trepaste o meu telhado com a Kawina para me virem entregar umas cartas.

Lembro-me da panca pelas abelhas e do vídeo que fizemos com elas:
"When I went to Floriiidaaaa I know A GAY! AND HE TOLD ME THAT BEEEEEESSSS CAAAANNNNN FLYYYYYYYYYYYYY, BUT THEY CANTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTT"

LOL

Lembro-me do dia, em que chegaste ao pé de mim e disseste: Nem vais imaginar o que me aconteceu...

Aconteceu e de que maneira!

Lembro-me do Ketchupy, do nosso primeiro livro, que foi pelo rio abaixo a fumar? ou se calhar não, levou com qualquer coisa na cabeça, não foi? Afinal não me lembro, mas o importante é a lembrança, não os pormenores.

Lembro-me quando fomos a praia e roubamos as havaianas do Alex e do Raul, 40's e tais, e lá fomos nós para casa com aquilo,LOOOOOL

Lembro-me de andares pela rua a comer um torta inteira e um litro de Ice Tea

Lembro-me de quereres ligar à Sílvia, seres tonta, ao ponto de sem saber o numero dela, arriscar e ligar para a pessoa errada :p

Lembro-me, na primária, quando alguém te abriu o vestido até baixo e tu em vez de o fechares, começaste a chorar...

Lembro-me quando tiveste um panca por aquele tal gajo e que te começaste a vestir de preto, MEU DEUS, e quando saiamos da escola, tentávamos acertar o timming, para chegar a passadeira no momento em que o carro onde ele ia, parasse.

Lembro-me quando te oferecemos aquele baú, há dois anos atrás no teu aniversário, e a primeira coisa que disseste foi: "Mãe venha aqui que isto pode ter uma bomba", lembro-me de ter chorado contigo depois disso, lembro-me de não conseguir acabar de ler-te o texto e lembro-me daquilo que escrevi e daquilo que senti. Lembro-me de ti Kawina, todos os dias da minha vida

(que piroseira)

Já, acrescentei e voltei a acrescentar mais qualquer coisinha, mas falta o essencial

Mas yah tu sabes, Amo-te (:



Ps:. Riso da Sílvia ao longo do vídeo - HILARIANTE

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Estava eu a pensar... Porque não?

Porque não?
Porque parece irreal e distante?
Porque parece impossível?
Porque me parece disparatado?
Nem eu sei bem, mas porque não?

domingo, 25 de julho de 2010

Há pessoas, há manias, há sentimentos, há maneiras de viver, há sorrisos, há lágrimas, há diários, há perguntas, há respostas, há dúvidas, há tristeza, há alegria, há amizade, há birras há porcaria, há merda e prazer nisso, há amor, há doçura, há mimos, há pais, há repreensões, há protecção, há família, há avós, há bolos acabados de fazer, há histórias, há chocolate, há Alex, há calor, há paixão, há prazer, há abraços e há Bro’as, há recordações de infância, há sol, há mar, há Rita e há tolices, há Pexero, há momentos para rir, há Kawina, e ainda outra Kawina, há Nuno e há Filipe, há carinhos, há namoros, há teorias e experiências, há mais perguntas e mais respostas, há escândalos, há Sílvia e Leonardo, há simpatia, há dança, há praia, há gelados, há CBO’s, há ainda mais prazer, há musica, há metal e há rock, há canto, há arte, há pintura, há criatividade, há artistas, há Quica, há originalidade, há cores, há Micas, há sonhos, há pulseiras, há colares, há anéis e há Dani e há Helder, há vontade de gritar, há vontade se sorrir, há compreensão, há sentimentos difíceis de entender, há Ricky, há também outras perspectivas, há Ricardo, há delírios, há loucura e há paixões, há escalada, há adrenalina, há desafios, há pessoas novas, pessoas diferentes, há poesia, há Andreia, há companheirismo, há vontade de viver, há conhecimento e vontade de conhecer, há Iza e há Tiago, há diferentes gostos, há cinema e há livros, há sorrisos a meio da noite, há lua e há estrelas, há silêncio, há paz, há proximidade e há mais amor, há almofadas quentes e frias há boatos e historias mal contadas, há ignorância, há burrices, há falta de sentido, há falta de respostas, há medo e há coragem, há determinação, há vitorias e há derrotas e há ainda mais amor e muito, muito mais…





Só já não há o teu nome e as palavras que com ele vinham, em vez disso, um vazio só teu.

domingo, 18 de julho de 2010

Para alguém.

Notas, notas, notas, o que queria eu dizer?
Descrever um sentimento, nem de longe me dá prazer
Uma tarefa difícil, deixa-me deveras impotente
Quem me dera um dia, que o deixasse de ser transcendente
Divagando me afasto daquilo que me faz entender
Porque demoro eu tanto a chegar ao que queria dizer

Foi mais que brincadeira, quase pura infantilidade
Nunca eu esperava no que se podia tornar
Mais que contacto ou capricho,
Mais que passatempo ou qualquer outra coisa banal
Nunca eu pensei que até poderia gostar

É diferente e sabe bem, preenchendo as horas vagas
Como nada ou ninguém
Interessante quando fala de tudo e quando fala de nada
De lá vem conhecimento e respostas para tudo e algo mais
E uma grande paciência para me aturar a mim
E aos meus devaneios

Nasceu de uma curiosidade adolescente
Que cresceu sendo algo longe disso
E hoje posso eu dizer, que és mesmo meu amigo
Apesar de nunca estares à vista
Estás lá e isso é o que realmente importa
Pelo menos, para mim.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pessoas... seres humanos... eu, tu, quem mais?...

EU NÃO GOSTO DE SERES HUMANOS. É definitivo. Não os percebo, não sei lidar com eles, parecem-me confusos, distantes da minha compreensão e do meu entender. São estúpidos, maus, arrogantes, hipócritas, mentirosos, sem carácter, dignos de morte, dignos de dor.
É para mim, um peso nos ombros cada respiração de um deles, cada passo, cada palavra, queria matá-los a todos. Lenta e tortuosamente, não queria correr o risco de deixar nem um simples cabelo, aniquilaria e deliciar-me-ia com toda a situação.
Hoje, eu sei, um ser humano não é, necessariamente, pessoa. Uma pessoa é amiga, é bondosa, têm sentimentos, coração, emoções…
Pessoa, eu gosto, pessoa, eu entendo, pessoa eu sou.
Serei? Serei mesmo? Quando acabei de afirmar que gostaria de aniquila-los um a um, e se eles mudassem? Não, as pessoas não mudam, disso eu sei. Mas sendo eles seres humanos, não poderiam mudar? Sendo eu pessoa devo julgá-los, sendo eu pessoa, devia aceitá-los?
Talvez eu não seja, nem pessoa, nem ser humano.
Mas e então… Sou o quê?

domingo, 4 de julho de 2010

Velocidade da luz

Vou a correr, tão rápido, tão rápido para que não se feche.A luz vai recuando deixando tudo par trás numa penumbra asfixiante e os ponteiros do relógio, ansiosos, apressam-se com o medo, o ambiente altera-se e sente-se no ar algum constrangimento, já nada era certo naquele lugar, mas eu, continuava a correr. Corria com todas as minhas forças ignorando tudo e todos, acreditando que iria impedir o que estava prestes a acontecer.
Vinham à minha mente as memórias daquela noite, estava incrédula, como é que eu-me tinha deixado enganar com tanta facilidade? O semicírculo de luz ia-se fechando e com ele, todas as minhas certezas. Todas as minhas esperanças eram varridas dali para fora, e aí eu sobe, sobe que a esperança, não era realmente, a última a morrer.
Era a minha força de vontade, porque eu continuava ali, a correr, para alcançar o meu objectivo.
A luz continuava a recuar e crescendo na sua escuridão abandonou um corpo de menina, transformando-se numa mulher, forte e impenetrável. Devo admitir que me intimidou tal transformação, mas nada daquilo foi suficiente para me fazer parar e eu continuei a correr.
As minhas pernas tremiam violentamente e a força começava a faltar, várias lágrimas escapavam agora dos meus olhos e a noite, tornou-se uma certeza, toda sala permanecia agora na escuridão e encontrar uma saída não seria de todo, fácil.
Parei, sentei-me e respirei, aquele era o fim, não sabendo exactamente o que seria o fim, supôs, naquele momento, que se houvesse um, seria assim, igual aquele, teria de ser. Apercebendo-me de que tudo havia parado, concentrei-me em toda aquela escuridão, relembrando toda a sua transformação, todo aquele processo de intensificação brutal e foi então que, com as ultimas forças que me restavam, agarrei naquele manto escuro e puxei, varrendo para longe toda a escuridão, deixando a descoberto uma luz incandescente, que não só me feriu a mim, como ao tempo e ao espaço, mais rápido do que eu alguma vez correra.

sábado, 12 de junho de 2010

Aquele que és tu

Esse teu misterioso doce olhar que me penetra com tanta facilidade
Será fogo, será chama? És apenas tu, em todo o teu ser,
Tão atractivo e perigoso naquilo que é e que não é
É ponta fina de cristal,
É lágrima pura por cair.

Tu tocas, percorres suavemente todas as curvas do meus sentidos
Fazes acelerar cada batida, cada desejo, cada sonho

És o quente amanhecer que chegou numa pálida noite de luar,
O sol que faz nascer cada sensação de bem-estar,
O arrepio que nasce dentro de tudo o que espera por ti

Sem saber alguma vez que “ti” eras tu,
Que “dele” era teu e teu é o meu coração
Inteiro em corpo, alma e sentimento
Sempre foi e sempre será, porque “dele” era teu e
“Ti” eras tu e tu és aquele que é o meu amor.

30-12-10

sábado, 5 de junho de 2010

Para quê?

Expressões temporais fundiram-se
Com a teoria da relatividade
Ontem tornou-se há dias,
Há dias, o ano passado,
O ano passado, há dois anos,
Há dois anos?
Uma vida bem distante

Perdi-me nos limites temporais
Da minha jornada por este lugar,
Já lá vão 15, e continuo sem saber
O propósito da minha existência,
A razão do meu viver

E todos dizem:
-Estás a crescer!

Crescer?
Crescer implica muitas perdas
Mimos, felicidades, descanso e
Acima de tudo, sonhos…

Recordações de outros dias
Lembram-me do quão inocente
Era o meu sorriso, perante o que é agora a sociedade,
Sociedade essa que cruelmente me foi impingida
Não houve perguntas, nem respostas,

Lembram-me também dos sonhos
Tão inalcançáveis agora,
Tão perto, antes…

Antes, antes, antes…

Toda a esperança escorre-se
Para um lugar escuro, húmido, sombrio
Um esgoto de pressões, onde reina a dúvida

Pai, Mãe
Bonecas, toalhas de banho, domingos na cama,
Baloiço, colo, cheiro a batatas fritas,
Avó, Avô
Cão, gato, fogueiras,
Almoços, arvores, cana-de-açúcar
Tio, tia,
Bolachas, praia, verniz
Musica, vídeos, pauzinhos de gelado
Primo, prima
Danças, escondidas, casas na árvore,
Piqueniques, piscina, brincadeiras
Onde está tudo isso?
Bem longe, apenas em memórias,
Guardadas,
Longe de ti, perto de mim
No mesmo velho lugar

Queria ser para sempre aquela velha criança
Que encarava o medo com um sorriso,
Que não queria que houvesse noite
Para sempre poder brincar
E que desejava parar o tempo,
Para que mais ninguém morresse

E todos dizem:
- Estás a crescer!

E então tudo se torna real
Afastando o conforto da felicidade,
Fazendo esquecer aquela criança
E todas as suas facilidades,
Torna-se tudo tão espantosamente injusto

Racismo, guerra, crise,
Violência, droga, crime,
Aquecimento global,
Trafico humano, corrupção politica,
Violação dos direitos humanos,
Pobreza, desigualdade, ódio entre todos

E todos dizem:
- Cresceste!

Fica a duvida…
Mas, para quê?!


Momento de loucura/inspiração/o que quer que tenha sido

La liberté

A liberdade…
A liberdade!
Soltam-se os cães
Solta-se a vontade

Faz tudo o que queres…
Mas tu queres?
Não! Não queres!
Matam-se os cães
Mata-se a vontade
Mas perdura…
A liberdade.

2008

Dúvidas de querer

Existem momentos que se descrevem com a facilidade de um sorriso de bebé, outros, nem tanto e este é um deles, tanta coisa voa pela minha cabeça, numa dança tão viva de emoções, quero chorar, quero rir, quero abraçar, quero ser abraçada, sinto falta de mim, de ti de nós.
Será este o caminho certo?
Vou sonhar? Vou viver? Lágrimas, sorrisos, dúvidas, saudades, muitas saudades. Q-U-E-R-O-T-E muito mais, muito, muito mais! Será o sol suficientemente quente? Será a lua suficientemente misteriosa? Iras deixar-me? Será assim tão longe? Assim tão perto? Assim tão fácil? Difícil? Verdade? Mentira? Eu quero, quero muito, quero mais! Quero-te a ti.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Escalada


Há um sentimento bom, apetecível e viciante. Viciante sim, acima de tudo.
Queremos superar-nos a nós próprios, ultrapassar todos aqueles passos decisivos e conseguir agarrar a presa perfeita no tempo perfeito, cada passo, cada respiração, cada gota de suor, tudo conta, tudo pesa. Muitos dirão que é uma questão de ego e todas essas tretas, mas digo-vos que mais: - Não é mesmo nada disso, nada disso.
É muito mais que um simples capricho é inigualável e repleto de realização, quase perfeito, o sentimento de atingir o topo.

Quero criar, inovar, ajudar, mover, mudar, direitos, liberdades, igualdade.

Ainda hoje, perguntaram-me o que queria ser quando fosse grande, que profissão gostaria de exercer para o resto da minha vida. Não soube responder, já há muito tempo que não sei e a cada dia que passa, essa resposta foge-me mais.
Não consigo imaginar e faz-me confusão, o facto de fazer por fazer. Fazer porque é assim que tem que ser feito e é assim que toda a gente faz. Não quero, não quero de todo que o meu papel na sociedade seja arranjar um emprego para poder sobreviver como membro integrante desta, mesmo que fazendo o meu serviço. Isso para mim não é papel não é nada, é presença, algo como um figurante.
E depois perguntas tu como é que vou sobreviver se não trabalhar.
Mas é ai que eu quero chegar, eu não quero apenas sobreviver, não quero trabalhar para comer, viver, crescer, casar, ter filhos e, eventualmente, morrer. Não quero trabalhar a vida inteira para, única e exclusivamente, sobreviver neste lugar de merda!
Quero mais, muito mais! Quero criar, quero inovar, ajudar, mover, mudar, quero direitos, liberdade, igualdade.
Não consigo entender como é que alguém pode ser feliz, a achar que o mundo está bem como está, quando há crianças na China, neste momento, a trabalhar para eu poder ter aquele Ipod ou mesmo neste pais, pessoas a morrer à fome, para o Presidente poder comprar uma nova casa de ferias não sei onde. Não percebo, não quero perceber, apenas quero mudar e fazer a diferença, acabar com toda esta desigualdade e fazer ouvir a justiça.
E quando digo tudo isto a resposta comum é que uma pessoa apenas, nunca vai fazer a diferença.
Posso não ser muito boa a matemática, mas 1 é e sempre será maior que 0, e enquanto esse 1 for eu, a esperança permanece. A esperança de tornar este sítio num lugar melhor, justo e equilibrado não só socialmente como politicamente. E ai sim, quando esse dia chegar, poderei afirma, que sou a Laura Gouveia e quero ser, apenas ser, não importa o quê.

Linha de Pensamento

Aquela estranha ilusão
Vinda de lá,
Um lá profundo, ilusório
Perigosamente atractivo

Uma força controlada
Em penoso desejo
Por alcançar um sorriso proibido
Num sereno olhar profundo

Enorme tempestade de selvagens sensações
Prendem-me em pacífico
Estado de histeria,
Quando a distância diminui
Num campo universal de pensamentos

Percorre-me um estranho misto
De uma feliz infelicidade
Com uma infeliz felicidade
Feliz por tocar teu pensamento
Infeliz por não me pertencer

É um receio que se apodera,
Um medo crescente,
Sentimento indesejável
Preso em teus lábios
É duvida,
É segredo...

Vibrante,
Um pensamento transcrito em pixéis,
Um facto, uma certeza,
És tu...
Na mesma linha do meu pensamento.

04-04-09

Amor, amor, amor

Amor, amor amor
Porque tenho eu de falar de amor?
Porque tens tu?
Porque tem ele?
Amor, amor, amor
Sentimento de alma e dor
Diz sim quando dizes não
Não marca, marca?
Não, amor, não marca
Ai este amor, amor, amor, amor
Sentimento de alegria e dor
Sangra em silêncio no seu esplendor
Mentira feia e falsa
Brincadeira de criança, é farsa
Ai amor, amor, amor
Não me venhas tu dizer que marca
Amor em farsa verdadeira
É actuar, é mentir!
Não venhas tu dizer verdade
Porque amor não é sentir
Ai amor amor amor
Explica que vives e não que sentes.

9 de Nov 2009

Gosto de um amanhã

Gostava de poder saber qual será o amanhã, se será um daqueles onde nasce o velho suspiro do “porquê a hesitação?” ou se será um outro onde mais valeria ter ficado na cama a sonhar com um amanha agradável e livre de frustração. Nem sempre corre da melhor maneira, pois é filho da preguiça de certo. Errado seria esperar uma congratulação, afinal, sou apenas eu, a Laura. Poderia ter ignorado todas as ideias de conforto que me passaram pela cabeça durante toda esta tarde, poderia de certo, até ter apagado toda a distracção e concentrar-me apenas em fabricar o meu amanha, mas não seria a mesma coisa, nem teria o mesmo gosto final, aquele que eu tanto aprecio, quando descubro, que tudo não passou de apenas mais um dia, um novo amanha, de muitos outros, uns bons, uns maus, mas sempre meus, o meus amanhãs.
24-01-10

Roda Viva

Tudo gira, tudo passa, tão rápido, tão devagar.
Pensamentos, palavras, acções estão todos correctos, estão todos errados. Parece tudo tão mais longe, mas eu continuo apenas, no mesmo lugar de sempre, ninguém me diz por onde ir.
A vida continua, essa, tal como o tempo, nunca pára, afinal são a mesma personagem, talvez não na minha, mas na história de alguém. Vai dando voltas uma e outra vez e a tinta vai correndo, no mesmo lugar, seja ela azul, preta ou de outra cor qualquer, ficando imortalizada no mesmo sentimento, no mesmo momento.
É tudo uma roda viva de emoções, um turbilhão de sentimentos do qual eu não posso libertar-me. Não posso fugir, nem hoje, nem amanhã porque continuo inscrita nesta roda.
E então, como se nada fosse, ela dá uma volta de 360 graus e depois quem manda sou eu, quem decide sou eu e mesmo que talvez, mas apenas talvez ela me faça presa do seu momento uma vez mais, ela vai volta a rodar, outra vez

Um pouco de mim

Nasce, nostalgicamente em mim, um sentimento de abandono um pouco vago, um pouco certo, tal qual um louco da noite embriagado. É um vazio crescente quase que infinito, que se arrasta pela noite, incansável.
Assusta-me, tenho tanto medo. Só quero que tudo isto acabe e tudo isto se esqueça e tudo isto morra. Significa o fim de tanto. Amizades, caminhos, escolhas, amores quem sabe, talvez, um pouco de mim. O fim de um pouco de mim, um pouco de mim.
1 2 3 macaquinho chines