segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ODEIO TERÇAS ODEIO TERÇAS ODEIO TERÇAS ODEIO GEOMETRIA

Queria ir dormir porque amanhã é dia e é um dia daqueles longos, exaustivos e acima de tudo chatos e iguais a tantos outros. Quase que posso prever o que irá acontecer:

Vou acordar às 8, porque estou aqui neste momento, vou levantar-me atrofiada, hei-de correr pelas escadas abaixo a pensar nos trabalhos de geometria que não fiz, procurar uma roupa e voar porta fora depois de beber um copo de leite. O que irá acompanhar o copo, só o dirá o meu humor de amanhã.

Vou ver uns 3 gatos pelo caminho e cão o da vizinha há-de vir atrás de mim atormentar-me com aquele humor de cão, que irónico. Não gosto nada dele. Entretanto irei pensar numa estratégia para conseguir fazer os trabalhos de geometria.

Vou chegar à escola, o cartão não vai apitar à primeira, nunca apita. Vou voltar um passo atrás, furiosa e amaldiçoar a maldita máquina, o cartão, o tempo, o porteiro etecetera e tal.
Seguido isto, andarei mais rápido um bocadinho para compensar o tempo perdido na máquina e irei queixar-me das pernas que me vão doer graças às ginásticas de hoje.

Subirei as escadas queixando-me porque agora as pernas vão doer-me mais do que nunca, vou chegar ao terceiro piso exausta, quase que parecerá que neste curto espaço de 20 minutos passou uma semana.

Quando chegar à sala a professora e todos os meus restantes colegas já lá estarão, porque eu sou sempre, mas sempre a última a chegar, apesar de provavelmente ser a pessoa que mora mais perto da escola. E porquê? Porque estou aqui a escrever em vez de estar a dormir.

A aula de português será secante, mais secante que um sol de verão no dia mais quente do ano. Vamos falar de peixes, ou de feijões ou de qualquer coisa estúpida e realmente antiga, que tirando a professora que se mostra sempre muito entusiasmada, não nos interessará minimamente, nem nos despertará a mais pequena das curiosidades. Para mim, as melhores aulas de português este ano, são as dos testes.


No intervalo maior, vou desistir da ideia de fazer os trabalhos de geometria.

Geometria seguir-se-á, e que se engane aquele que pensa que as coisas melhoram, não melhoram não. O professor stressa-me, todos os dias, todas as horas. Exercícios, exercícios, exercícios, testes, exames, mais exercícios, não importa perceber a matéria, importa acabar de dar a matéria, de por onde der, nem que seja preciso matar alguém, o importante é dar a matéria e fazer os exercícios, quem não percebeu, que se lixe. Regra geral, saio desta aula deprimida, porque tenho sempre a sensação que toda gente percebeu menos eu.
E claro, ele irá mandar uns 20 exercícios para já amanhã, porque realmente nós não temos nada melhor nem mais importante para fazer do que os desgraçados exercícios de geometria. AMÉN

Segue-se inglês a única aula normal que eu tenho este ano, às vezes é chato, às vezes não. Amanhã continuaremos a fazer um trabalho que me parece interessante, por isso estou optimista em relação a isto, possivelmente será o ponto alto do meu dia. Sim, é bem triste.

Duas horas de almoço extra deprimentes de conversa deprimente e trabalhos de geometria. Não, não vamos fazer os trabalhos, vamos falar sobre eles e stressar.

Depois segue-se desenho e sinceramente já não tenho capacidades para descrever desenho. Há dias em que é simplesmente mau de mais. Outros, é a melhor coisa que nos pode acontecer, limpa-nos a mente. Até claro, ela ser invadida pelos trabalhos de geometria e o stress voltar a instalar-se confortavelmente.
Finalmente, no fim do dia, chegarei a casa e irei... adivinhem lá!...


FAZER OS TRABALHOS DE GEOMETRIAAAAAAAAAAAAA

Ou pelo menos, tentar.

sábado, 8 de janeiro de 2011

A Guerra e os Senhores Pavões.

Da minha lista de coisas para fazer antes de morrer consta um item já criticado por alguém, sobre o qual ainda não tinha reflectido seriamente:

23- Liderar/Participar numa revolução/manifestação/guerra

Não é novidade o meu espírito revolucionário, nem é novidade a minha preocupação por coisas que não me dizem respeito, coisas grande de mais para uma menina. Coisas, que o meu espírito anseia alcançar, fazendo triunfar a justiça. Eu penso assim quase sempre, mas hoje, hoje vi um filme que me fez reflectir sobre a última palavra deste meu desejo: Guerra.

Grande falha a minha ter escrito aquilo ali, pela simples razão de eu não compreender o que é guerra.
Tenho noções e algum conhecimento, mas eu não sei o que é. E não sei porque:
- Tenho princípios; porque seria incapaz de matar alguém para atingir os meus objectivos; Mais, seria incapaz de matar inocentes pelos desejos de outros, ou mesmo os meus.

Guerra é orgulho, guerra é ganância, é luxúria, é estupidez.
Não se justifica morrerem pessoas à fome porque o governo decidiu comprar armas. Armas essas, que levarão à morte dessas mesmas pessoas.
Se quem governa tem tomates para levar à desgraça um pais inteiro, que tenha tomates para sair à rua e ajudar os pobres, que tenha tomates para arregaçar as mangas e trabalhar para recuperar a glória perdida de um povo.

Vitória é de facto, uma palavra que não vai entrar neste jogo. A guerra não se ganha, na guerra NÃO há vitórias, só há perdas e desperdícios, de dinheiros, bens matérias e VIDAS.
Acima de tudo vidas, o dinheiro há-de recuperar-se um dia, os edifícios serão reconstruídos, alguns ficarão melhores até, mais bonitos, mais luxuosos e que bom para vocês senhores pavões, que bom para vocês. Mas e então as vidas? As pessoas, as famílias, os lares destruídos?
O que faz parte de um pais? O que faz uma nação? Qual é para vocês, senhores pavões, o conceito de PÁTRIA?

Todos aqueles iluminados deveriam ajudar os que nada vêem sem ser palavras de um antigo livro mal interpretado. Quando um bebé faz asneira, o mais velho e mais sábio não atira sobre ele! ENSINA-O. E tudo bem que às vezes as pessoas não querem de facto aprender, mas matá-las não é solução, não deveria ser, jamais.

Há o erro e há o perdão, não há só o erro, nem só o perdão. E porquê?...

Pensem nisso senhores pavões de todo o mundo, antes de começarem a matar pessoas que nada têm a ver com as vossas penas coloridas.


23- Liderar/Participar numa revolução/manifestação (não violenta) .