quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

À chuva

Às vezes quero lançar-me ao desespero, fechar os olhos e dormir,
Fechar os olhos e esquecer que existiu para mim,
Parar de repetir, andar à chuva, esquecer.

Não vou pintar de preto
Não vou cortar ou fazer greve
Não sei lidar com isto é facto e como não sei: quero

Quero andar à chuva, como criança
Andar à chuva, cantar e sorrir
Correr à chuva e lançar o isco para bem longe

Correr, correr para bem longe, sim
Respirar, respirar e ser feliz
Feliz longe de ti, sem ti, à chuva, a cantar e a sorrir
Com os olhos limpos, à chuva, a cantar e a sorrir, sem repetir.

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