quinta-feira, 3 de junho de 2010

Quero criar, inovar, ajudar, mover, mudar, direitos, liberdades, igualdade.

Ainda hoje, perguntaram-me o que queria ser quando fosse grande, que profissão gostaria de exercer para o resto da minha vida. Não soube responder, já há muito tempo que não sei e a cada dia que passa, essa resposta foge-me mais.
Não consigo imaginar e faz-me confusão, o facto de fazer por fazer. Fazer porque é assim que tem que ser feito e é assim que toda a gente faz. Não quero, não quero de todo que o meu papel na sociedade seja arranjar um emprego para poder sobreviver como membro integrante desta, mesmo que fazendo o meu serviço. Isso para mim não é papel não é nada, é presença, algo como um figurante.
E depois perguntas tu como é que vou sobreviver se não trabalhar.
Mas é ai que eu quero chegar, eu não quero apenas sobreviver, não quero trabalhar para comer, viver, crescer, casar, ter filhos e, eventualmente, morrer. Não quero trabalhar a vida inteira para, única e exclusivamente, sobreviver neste lugar de merda!
Quero mais, muito mais! Quero criar, quero inovar, ajudar, mover, mudar, quero direitos, liberdade, igualdade.
Não consigo entender como é que alguém pode ser feliz, a achar que o mundo está bem como está, quando há crianças na China, neste momento, a trabalhar para eu poder ter aquele Ipod ou mesmo neste pais, pessoas a morrer à fome, para o Presidente poder comprar uma nova casa de ferias não sei onde. Não percebo, não quero perceber, apenas quero mudar e fazer a diferença, acabar com toda esta desigualdade e fazer ouvir a justiça.
E quando digo tudo isto a resposta comum é que uma pessoa apenas, nunca vai fazer a diferença.
Posso não ser muito boa a matemática, mas 1 é e sempre será maior que 0, e enquanto esse 1 for eu, a esperança permanece. A esperança de tornar este sítio num lugar melhor, justo e equilibrado não só socialmente como politicamente. E ai sim, quando esse dia chegar, poderei afirma, que sou a Laura Gouveia e quero ser, apenas ser, não importa o quê.

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