E como eu detesto padrões culturais relativos aos mortos:
Hoje não é dia de ouvir musica;
Não é dia ir à festa de aniversário de uma das minhas melhores amigas;
Não é dia de ver televisão;
Não é dia de ficar na cama.
É dia de fazer o quê?
Ficar a chorar? Ficar a desejar que não tivesse acontecido? Cortar os pulsos?
O certo é que ela morreu e eu nada posso fazer para que volte. Mas a vida continua, e é suposto sermos felizes, tenho a certeza que ela não iria querer que eu ficasse em casa a chorar.
E vou ouvido, um a um, os choros, os gemidos, as condolências, a história do sucedido, uns atrás dos outros, outra e outra vez.
E como eu detesto tudo isto.
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