segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Florbela Espanca

Sem remédio

Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

Florbela Espanca

domingo, 29 de agosto de 2010

Código de erro 22 - Cancelamento manual

Não funciona, está bem preso, embrulhado em toda esta confusão
Foi ordenado que parasse e sem alternativa cedeu, porque só não vale nada
Nada de nada, é um relação de simbiose, detesto quando acontece
Mas fui eu quem mandou, fui eu quem ordenou
Que tudo fosse cancelado, que tudo se codificasse
Esta linhas não valem nada,
Nada de nada, é um acto sem emoção, não o estou a sentir
Não está a sair, foi cancelado
Eu ordenei.
Cancelado.

sábado, 28 de agosto de 2010

Tradição

- A que é que vamos brincar?
- Ah rapariga não digas isso, vamos JOGAR às escondidas.

Tradição mantém-se, conceito altera-se.
Tradição mantém-se.

Máscara

Como era bonito o homem da máscara
Como me encantou, como me seduziu ,
Como representou e mentiu,
Como actuou e traiu.

Já não há homem de máscara,
Já não há sentimento de tal
Pois descobre-se e bem
Que tudo o que usa máscara não convém.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Fala por si.



Computador ladrão de expressividade.
O que eu faço não é bonito porque o que vejo é igualmente feio.

(:

Honesty isn't nice
I'm not nice
And I'm proud of it.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O fim

Estou farta de tudo e de todos, cada acontecimento, cada palavra seja de quem for irrita-me, até daqueles de quem mais gosto.
Sinto-me só, vulnerável e com vontade de matar ou simplesmente, vontade de nada fazer, como agora, e no entanto estou aqui a escrever porque é isso que eu faço, escrevo quando tudo me parece incerto e nada tem ar de apoio ou segurança.
Sinto-me perdida, abandonada. Perco a fé, neste momento, em quase tudo a minha volta, no amor, na humanidade, na paz, até perco a esperança na própria esperança. Quando isto acontece não resta muito. Apenas uma coisa, escrever.
E, embora nada tenha a dizer, simplesmente, não me apetece parar, quero escrever até não poder mais, até as teclas estarem gastas pelo tempo, ou todos os riscadores do mundo acabarem, nem o papel me será entrave, pois superfícies é que não me falta.
Tenho pena que seja esta a minha última arma, tenho pena de ser tão fraca assim, que escrever seja a cura da minha doença, doença essa que me consome a cada palavra, a cada letra, porque nada faço e porque apesar de tudo sentir nada me pode ajudar. É este o final, o final da minha luta por um mundo melhor, um final que talvez nunca tenha começado, não por falta de vontade mas por falta de coragem e fé por parte de todos. Tenho imensa pena mas não sou mais forte que tudo isto, não restam forças ou esperança.
Assim, continuarei vivendo neste mundo apodrecido, até ao meu último texto, até a minha última palavra, porque é isso que eu faço, escrevo.
Nada mais farei e em nada mais acreditarei do que a minha própria escrita que faz de mim aquilo que sou e não aquilo que queria ser.






terça-feira, 24 de agosto de 2010

Obrigado

Obrigado Nicholas Sparks por nunca deixares os meus olhos secarem. Obrigado por me dares a conhecer histórias como as tuas e obrigado por manteres o meu coração aquecido. Por isso e muito mais mil obrigados.

Mais eu que qualquer coisa



O nome desta musica devia ser o meu. :D
Acho que enquanto era fabricada os meus pais ouviam isto. lol


Twenty - five years and my life is still
Trying to get up that great big hill of hope
For a destination
And I realized quickly when I knew I should
That the world was made up of this brotherhood of man
For whatever that means
And so I cry sometimes
When I'm lying in bed
Just to get it all out
What's in my head
And I am feeling a little peculiar
And so I wake in the morning
And I step outside
And I take a deep breath and I get real high
And I scream at the top of my lungs
What's going on?
And I say, hey hey hey hey
I said hey, what's going on?
Ooh, ooh ooh
And I try, oh my god do I try
I try all the time, in this institution
And I pray, oh my god do I pray
I pray every single day
For a revolution
And so I cry sometimes
When I'm lying in bed
Just to get it all out
What's in my head
And I am feeling a little peculiar
And so I wake in the morning
And I step outside
And I take a deep breath and I get real high
And I scream at the top of my lungs
What's going on?
And I say, hey hey hey hey
I said hey, what's going on?
Twenty - five years and my life is still
Trying to get up that great big hill of hope
For a destination

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cala-te e Ouve

O passado grita-me falsidade tão alto que mal me consigo ouvir,
As memórias revoltam-se como se oprimidas, não conseguissem mais aguentar este regime
Reprimo-as com mais força e em resposta magoam-me como nunca,
O pensamento foge de mim como quem foge do diabo
Assustado, fecha-se impedindo-me de sentir


São tantas as vozes que gritam, tão alto, tão alto
Correm como tigres listrados de velhas frases, velhas promessas
Vãs, grito eu
Retraem-se todas
Correm ainda mais rápido, rápido de mais para mim
Queria ter a força delas e conseguir afastá-las para longe
Porque eu queria, queria tanto que nada valessem

Esticando a mão tento agarrar-me a qualquer coisa, por mínima que seja
Por mais insignificante que possa ser, tento fazê-la valer por algo
Algo melhor para mim, algo que não faça chorar os meus sentimentos


Já não vale a pena
Falso, Falso
Não vale a pena, não vale a pena
Cai uma,
Falso
Não vale a pena
Cai duas,
Falso
Não faz sentido
Cai três,
Caem todas e simplesmente
Desaparece quem eu sou
Morre tudo o que tu foste
E cantando, sobreponho-me a todas as vozes,
O meu pensamento volta triunfante e embala o meu coração.

Carta

Querida gente que diz "em Porto Santo"

A cena é a seguinte, quando vocês vão ao Porto, de certeza que não ligam para os amigos a dizer "ai eu estou em Porto", não faz sentido pois não?
Eu estou no Porto.
Então porquê "eu estou em Porto Santo"? Caso ainda não tenham reparado, o nome é o mesmo a diferença é que um é Santo e outro é Pecador.
E mesmo que eu esteja errada e seja "em Porto Santo", então todas as pessoas que dizem "em Porto Santo", terão também de passar a dizer "em Porto", por isso, gente, parem de se contradizer, ou são de uma equipa ou são de outra, não podem ser das duas ao mesmo tempo (a não se ser que se esteja a falar de sexo, nesse caso a escolha é vossa).
Agradecia que fizessem a vossa escolha.

Os melhores cumprimentos
Beijinhos e Abraços
Laura Gouveia.

domingo, 22 de agosto de 2010

7 apesar de sagrado parece-me incompleto.
16, apesar de pouco, parece-me muito
17 parece-me bem
18 assusta-me
19 impõe respeito
20 parece-me distante
21 ainda mais
22 parece-me estável
23 parece-me apetecivel
24 muito longe
25 impossivel
26 nunca mais
27 parece-me ainda melhor que 17
28 perfeito

Mas 7, parece-me apenas incompleto.

sábado, 21 de agosto de 2010

Breakdown

Sofres logo vives
Viver é sentir
Sentir é Viver!
Se não sentes, não vives
Seja prazer ou dor,
Mais vale sentir que não viver.

Lembranças...

"-Professor, o meu computador não tem a tecla Ctrl X"

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Obrigada Puta (:

Acabou-se.
O que era doce
E vem o amargo
Que afoga na dor
E mal trata-me sem pudor.
E aí entra a minha Lala
Que até então à sua pala
Eu tenho aguentado toda esta agonia
Que mais parece uma ironia.
E sempre que me sinto mal
Ela me diz:
"Tu és capaz
De deitar tudo para traz"
Mas eu quiser lutar..
Ela diz:
"Luta sem desistir
E de nada fugir".
A Lala ajuda-me em tudo
E em tudo eu preciso da Lala.
A Lala faz-me sonhar
Voar, crescer
Saber querer,
Continuar,
Lutar,
Encorajar,
Persistir,
E da vida, nunca desistir.
É por isso que eu gosto dela
Por ser a minha puta,
Bruta!

Andreia Reis.


Digo e volto a dizer e enquanto for viva, continuarei dizendo
PUTA NÃO DESISTAS!
Conta que comigo e vai-te a elas!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O raio da arquitectura quadrada

Eu não sei porque, repentinamente, toda a gente adora quadrados, casas quadradas, supermercados quadrados, todos os projectos de arquitectura viraram quadrados.
No início, quando eram apenas 2 ou 3, até que tinham piada, porque eram diferentes, não havia grande coisa de especial mas também não era nada que me desse a volta à cabeça e me fizesse apetecer matar todos os arquitectos à minha volta.
Sei que a culpa não é só deles, o cliente vê, o cliente gosta, o cliente pede.
MAS O CLIENTE É ESTÚPIDO MEU DEUS! E alguém devia tratar disso, devia haver uma lei, sei lá, qualquer coisa contra o "copianso" e a falta de imaginação.
Mas eu pergunto-me, porque raio querem vocês tornar o Mundo quadrado??
Onde é que está o gosto pelo diferente e pela inovação? Lá porque o vosso vizinho da frente decidiu viver num quadrado, não significa que você também tenha que o fazer.
Chega de quadrados! Usem a vossa imaginação por favor e deixem as bestas quadradas de lado. Procurem os triângulos, as circunferências, as curvas ou mais além, procurem os octógonos e os decágonos, são tantos, todos postos de lado e inferiorizados pelos quadrados. A diversidade é de tal forma abundante, que custa a perceber o porquê de tanta pouca utilização desta.
Problemas como este nascem de coisas como arquitectos formados com bases pelo agrupamento de ciências. Arquitectura não é ciência, é arte. E arte não é imitar o vizinho do lado. Arte é criação.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Coisas de Sílvia

Alguém se lembra daquelas brincadeiras de criança? Talvez não, mas nós, Bro’as, lembramo-nos de tudo porque sempre fomos só nós, desde a primária. E porque não outras amigas? – Porque as que temos bastam.

Lembrei-me agora de um episódio mesmo engraçado que ocorreu há uns 8 ou 9 anos atrás, quando a Lala e o Hugo estavam na minha casa, na lavandaria e começámos com brincadeiras estúpidas (mas isso já é normal) e numa das quais, a Lala fechou à chave a sua boneca, a boneca que ela mais gostava no meu armário. Pôs a chave em cima do computador velho (sim velho, porque quando ligávamos aparecia o ecrã a verde e só dava mesmo para escrever) e sem mais, nem menos, alguém teve a ideia de imitar o Hulk (aquele desenho animado grande e verde). A Lala com as suas ideias mesmo fantásticas, decidiu agarrar no computador e abaná-lo e jogá-lo contra a parede (eu não atirei nada contra parede nenhuma, Sílvia, apenas abanei), sei lá, fez tanta coisa que eu e o Hugo partimo-nos a rir, mas, rápido, isso mudou, quando já vimos a Lala a chorar, depois de se lembrar que a chave do armário estáva em cima do computador e agora, já estáva dentro ou seja, entrou pelos buraquinhos em cima do computador.
Foi um desgosto, era a boneca preferida dela, eu e o Hugo queríamos rir mas, também queríamos ajudar a recuperar a chave porque a Lala não podia ir para casa, sem a sua querida boneca. Mas assim teve que ser, no dia a seguir não sei o que é que o meu pai teve a fazer, penso que abriu o computador para tirar a chave e recuperámos a boneca. A Lala ficou feliz da vida.

São destas coisas que nos lembramos e hoje em dia, recorda-mo-las com risos e também pensamos ‘Mas que estupidez’ mas como já disse e volto a dizer - NÓS SOMOS ASSIM!


Por Sílvia Spínola em (o titulo é segredo)



Eu a fingir que não sabia, que sabia, que ela não estava a dormir.

Laura e Sílvia a contar desde, bem, há muito tempo. x)

domingo, 15 de agosto de 2010

Ideias.

Às vezes esqueço-me do porquê de ter escolhido o agrupamento de artes. Tantas vezes sou invadida por uma sensação de incerteza, e mil e uma vezes volto ao passado e revejo-me a escrever "artes visuais" no papel da matricula. Nunca me irei esquece desse momento, porque tudo poderia ser diferente por causa de duas simples palavras.
Mas quando sou só eu e o meu trabalho são nestas alturas que tudo se torna claro para mim.
Sou só eu e as tintas, as colas, os lápis, os pincéis, o papel, as cores e o melhor de tudo as ideias.
As ideias, as ideias e mais as ideias, percorre-me um fluxo de adrenalina cada vez que tenho um daquelas flashs maravilhosos que me resolvem os problemas.
É como um clarão, intendo, rápido, assustador, por vezes, as peças encaixam todas e à minha frente, nasce algo diferente e completo. Paz, é o que vem a seguir e logo depois, um vómito de ideias ainda mais desmioladas e sem nexo que por qualquer razão quando juntas, formam aquilo que é a minha vida.
Tudo separado, por alguma razão liga-se e corresponde.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Matemática mata

Hoje eu e as minhas amigas chegámos a uma triste (talvez nem tanto, ok nada, só gostava mesmo de um deles, portanto) conclusão: Aconteceu alguma coisa de grave a todos os nosso professores de matemática até ao ano em que a nossa turma se separou. Duas das professoras têm cancro da mama, um teve que ser operado a qualquer coisa relacionada com o olho e uma encontra-se em estado desconhecido, mas se todos os 3 sofreram qualquer coisa, supomos que esta também deve estar doente. Pois é, nos amaldiçoámos professores e resultou.
Se está a ler isto e pensa em seguir carreira como professor de Matemática, pense duas vezes.





Professor, pedimos imensa desculpa que tenha sido apanhado no meio das nossas maldições, não foi de propósito, nós gostávamos mesmo de si.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Arrependimento

Tudo aquilo que tu fazes
Faz aquilo que tu és
Se te arrependes do que fazes
Arrependes-te de ser quem és.

Do you?
I Don't! (:

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Paixão por fazer sentir

Sempre considerei a letra a parte mais importante, quase, de uma música, entretanto estive a ouvir Pavarroti, conclusão: Não percebi corno do que ele estava a dizer e no entanto, correu um rio pela minha cara, senti tudo, percebendo nada. Senti. Senti todas as notas, todos os sons, todas as expressões do seu rosto, até as palmas do público no fim, senti tudo isto sem precisar de entender uma palavra que fosse. Senti um calor apaixonante por sentir e fazer sentir, foi reconfortante, foi radical.
Pessoas assim, que nos fazem sentir, sem ser preciso perceber, esses sim são os artistas e quem me dera a mim um dia, fazer a alguém o que este senhor me fez agora, mesmo depois de morto. Seria a pessoa mais feliz do Mundo.




Bem, mas no tempo deste senhor, ele tinha mesmo que fazer sentir, porque o truque de gravar os vídeos nuns calções minúsculos só para vender a música era capaz de não lhe trazer tanto proveito como à Miley Cyrus. (;

domingo, 8 de agosto de 2010

Memória

- Alguém a esfregar o dedo no ecrã do telemóvel como se a vida dependesse disso -
Pessoa1:- Não vale a pena isso não é de touch...
Alguém: - Então como é que passas para baixo?
Grupo de pessoas: ..... (....) o.o .... Nas teclas?...

Por motivos de embaraço total não revelo nomes.
Depois diz que não gosto de ti (;

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Querido Diário

"(...) quando iamos a entrar um ovo de chocolate daqueles que a professora nos tinha dado caiu no chão e o J.P agarrou-o e comeu-o foi um horror."

"Hoje eu dise ha professora que o J.P comeu o meu chocolate e ele ficou toudo amuado."

2004 - 9, 10 anos.


Se este era o meu maior problema na altura e agora me parece absurdo, talvez se eu esperar mais 6 anos, os de agora, me pareçam, também, disparatados, basta esperar.